A colonoscopia é um procedimento realizado frequentemente para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de uma série de sintomas e doenças do trato digestório baixo, e a sedação ou anestesia deve ser considerada como uma importante ferramenta para o aumento da sua eficácia. A sedação ou anestesia tem como finalidade a diminuição da ansiedade e do desconforto, o aumento da tolerância e da satisfação com o procedimento, a redução dos riscos de complicações e a promoção de condições satisfatórias para o exame.
A dose e a profundidade da sedação devem ser individualizadas de acordo com as necessidades de cada paciente. A colaboração do paciente e a participação do anestesiologista ajuda no aprimoramento do procedimento, aumenta a detecção de pólipos e facilita os procedimentos terapêuticos. Várias técnicas de anestesia para colonoscopia estão disponíveis. Tradicionalmente a combinação de narcóticos (fentanil) e o propofol ocupa lugar de destaque. Algumas vezes faz- se necessário também o uso de benzodiazepínicos, mais comumente o midazolam. O modelo farmacocinético do propofol mostra um agente seguro para colonoscopia porque tem efeito amnésico e hipnótico potente porem com tempo de duração fugaz, o que proporciona recuperação e despertar rápidos, mesmo após administração prolongada.
Deve ser ainda considerado que, por ter uma janela terapêutica muito restrita, que leva com facilidade de um estado de sedação moderada para profunda ou anestesia geral, e por não ter um agente reversor, o propofol deve ser administrado de preferência pelo anestesiologista. Para minimizar os efeitos colaterais e aumentar a segurança do paciente, o propofol, para sedação em colonoscopia, tem sua administração frequentemente associada ao fentanil e/ou ao midazolam, que, em pequenas doses, usualmente produzem sedação moderada.
Alguns estudos relataram que pacientes que receberam sedação combinada tiveram alta mais rapidamente e relataram maior satisfação.
O anestesiologista acompanha todo o exame, período este em que o paciente encontra-se monitorizado: pressão arterial não invasiva contínua, oximetria de pulso que representa a oxigenação do sangue e cardioscopia.Sendo assim, apesar do receio, podemos considerar este tipo de anestesia muito segura, desde que feita por um profissional habilitado.
Dr Guilherme Gomes Felício da Cunha CRM MG 48269.